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Você quer evoluir? Saiba se você anda tendo a atitude correta para isso

    Eis um grande paradoxo da vida que, se pararmos para pensar a respeito, pode nos trazer lições valiosas: muitas pessoas desejam mudar as situações de sua vida e evoluir, seja no âmbito pessoal ou profissional, mas dificilmente querem se automodificar.

    Isso reflete uma característica comportamental conhecida como lócus de controle externo. Pessoas com essa característica, quando se deparam com problemas, dificuldades ou fracassos, costumam atribuir a responsabilidade desses acontecimentos a uma série de fatores externos que influenciam na ocorrência do problema, esquecendo-se de olhar para o próprio “umbigo” e pensar em como as suas próprias ações contribuíram para a ocorrência do problema.

    Desse modo, culpam as outras pessoas ou os outros setores da empresa, a falta de sorte, a sociedade, o governo, a economia, enfim! Concluem que a solução consiste em mudar esses fatores. No entanto, como mudar algo sobre o qual não temos governabilidade; não temos poder para agir? Como mudar outras pessoas? Como mudar a sociedade? Como mudar a economia?

    Quando percebem que as possibilidades de mudar fatores externos são pequenas, muitas vezes essas pessoas começam a aceitar as dificuldades como sendo problemas “sem solução”, pois a culpa é do outro, o qual não está disposto a mudar. Ou então, encaram essas situações como “falta de sorte”. De qualquer modo, se desanimam, correndo o risco, com o tempo, de se tornar em pessoas pessimistas. Desse modo, não conseguem evoluir como gostariam. E como bem sabemos, os problemas ocorrem em todos os aspectos de nossas vidas!

    Mas não pense que essa característica é exclusiva para um determinado grupo de pessoas. Na verdade, trata-se mais de um estado de disposição das pessoas que se modifica de acordo com a situação, do que de um traço de personalidade. É normal tomarmos a postura de lócus de controle externo sem nem percebermos. Ocorre que é mais fácil identificarmos “defeitos” nos outros do que lidar com a decepção de descobrir nossas próprias limitações. Portanto, a maioria de nós age assim com bastante frequência ao se deparar com os mais diversos tipos de problemas. Coloque-se à prova e responda para você mesmo: como você age quando alguém lhe critica? Você fica se defendendo e contra-ataca o outro ou reflete sobre a situação? E como você age diante de dificuldades? Encara-as como problemas ou como desafios? Diante de um problema você se coloca como uma vítima, um espectador, ou como um protagonista que possui o poder de ação nas mãos?

    O importante é entendermos que sempre temos o que melhorar, partindo de nós mesmos. Essa forma de pensar, inclusive, pode contribuir para nos tornarmos pessoas mais otimistas. Sempre temos como evoluir! Ter lócus de controle interno é aceitar que possuímos “defeitos” e que podemos evoluir; é refletir – e refletir é uma atitude que se compara a se olhar no espelho! Sempre temos como refletir acerca de nossas próprias ações e aprender com isso. E ao aprender a como agir para melhorar, evoluímos. Portanto, se você deseja que sua vida melhore, comece acreditando que você é o principal responsável pelo caminho da sua vida. Ninguém age com lócus interno ou externo o tempo todo. A questão é perceber-se e refletir nos momentos-chave. O truque para agir com lócus interno está em compreender que sempre há fatores que estão fora do seu controle e sempre há fatores que você pode mudar. Procure identificar esses fatores e não deixe os fatores externos impactarem a sua mente. Concentre-se nas coisas que você pode controlar!

    Esse artigo não poderia terminar sem um pequeno desafio. Pense e responda para você mesmo: como você age diante dos acontecimentos de sua vida? Você se posiciona com lócus interno ou externo?

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    Após resolver o desafio, fica a dica de leitura da metáfora do prego:

    http://www.decidaviver.com.br/2013/11/metafora-prego/

    Willian Giordani