Versa um ditado que “nenhum vento lhe será favorável se não souberdes onde queres aportar” (Sêneca). Então definir um objetivo torna-se imprescindível quando falamos de estratégias e produtividade. A maioria das organizações acreditam no “mito” de que formular planos ou estabelecer um planejamento estratégico é algo muito complicado, que só as grandes empresas possuem estruturas para suportar tal esforço. Outras acreditam que o planejamento tira a flexibilidade da empresa, pois uma vez determinado o compromisso este não pode ser mudado.
Quando a organização possui uma meta e planeja a forma de atingi-la fica muito mais fácil de perceber se esta poderá ou não ser alcançada. Então, mudar o rumo bem antes do seu naufrágio é mais simples, pois se está atento as variáveis que interferem no resultado esperado.
Na realidade a maior dificuldade não é planejar, mas sim executar os planos estabelecidos. Existem vários motivos que levam as organizações a não conseguirem alcançar os objetivos pretendidos, porém dois modelos de comportamento ocorrem com maior freqüência. Primeiro: algumas empresas dissociam os planejadores dos executores durante o processo de planejamento, envolvem o mínimo de pessoas possível para “facilitar” a sua confecção. Com isto o planejamento se torna apenas um mero documento de prateleira ou gaveta para quando o “chefe” pedir, e nada do que foi escrito será executado. Segundo: criam um ciclo de planejar metas audaciosas para alegrar as partes interessadas (acionistas, matrizes, diretores, etc.) e se preparam para justificar o porquê das metas não terem sido alcançadas naquele período.
Hoje a estratégia não pode ser pensada apenas pela alta direção da empresa, já que o ambiente que a organização está inserida se altera com extrema velocidade. Então quanto maior o número de pessoas pensando estrategicamente o futuro da empresa, maior será a capacidade de perceber as alterações e de se adaptar a elas. Quando as pessoas não participam do processo de construção são resistentes e não se sentem responsáveis pelo objetivo.
Qualquer tamanho ou tipo de empresa pode estabelecer um processo de formulação da estratégia, e perceberá que esta ferramenta facilita a consecução das metas. A principal diferença notada no processo de planejamento das organizações é que quanto maior a organização maior a capacidade de acesso e análise de variáveis que interferiram no seu futuro. Porém, independente do tamanho, deve-se analisar o máximo de variáveis possíveis para determinar os objetivos.
O principal ponto a ser destacado é que o planejamento deve ser encarado sempre como um processo de aprendizagem. Então quando os objetivos estabelecidos não são atingidos, não é necessário justificar os erros mas sim analisar as suas causas e aprender com elas.
Autor: Aurélio Duarte Martinski