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7 Regras que irão lhe ajudar a eliminar o vão entre a estratégia e o desempenho

    Alcançar os resultados prometidos pela estratégia é um desafio enfrentado diariamente por gestores de diversas empresas, independente do setor em que atuam.

    Alguns conseguem, com muito esforço, atingir um resultado satisfatório, mas muitos se perdem no meio do caminho. Os gestores se mostram frustrados com essa situação, pois foi despendido tempo e energia para criar a estratégia, mas os resultados continuam inexpressivos.

    Uma pesquisa realizada pela Marakon Associates em 2005 sugere que uma empresa atinge apenas 63% do desempenho financeiro prometido pela estratégia e que as causas da defasagem são praticamente invisíveis à alta cúpula. Dessa forma, os líderes acabam tomando decisões erradas que se caracterizam basicamente em dois tipos:

    1) Aprimorar o desempenho, insistindo numa execução melhor, quando o que precisam é de uma estratégia melhor;

    2) Mudar de direção e na verdade o que lhes falta é foco na execução.

    Mas por que isso acontece?

    Segundo Michael Mankins e Richard Steele, o vão entre a estratégia e o desempenho pode ser atribuído a uma combinação de fatores, como planos mal formulados, capacitação e recursos mal aplicados, falhas na comunicação e limitada responsabilidade por resultados, entre outros.

    As estratégias são aprovadas, mas mal comunicadas o que torna quase impossível a conversão em ações e planos operacionais. Escalões mais baixos não sabem o que, quando e quais recursos serão necessários para produzir o desempenho esperado. Assim, os resultados previstos quase nunca se concretizam.

    Outro fator negativo na execução da estratégia é a falta de informações claras sobre como e por que o desempenho é insatisfatório, dificultando a tomada de ações corretivas pela alta administração.

    Afinal, como fazer para eliminar esse vão entre a estratégia e o desempenho?

    A pesquisa identificou que as empresas de sucesso possuem algumas práticas em comum, as quais podem ser encaradas como regras a serem seguidas para uma boa execução da estratégia. Veja a seguir quais são estas regras:

    Regra 1 – Torne a estratégia simples e completa: A estratégia não deve ser confundida com a visão e tem que ser concreta, algo que pode facilmente ser comunicado e transformado em ação. Dessa forma é possível vincular a estratégia ao desempenho.

    Regra 2 – Discuta premissas, não projeções: Empresas de alto desempenho querem que projeções norteiem aquilo que fazem na prática. Para isso, devem garantir que as premissas subjacentes aos planos de longo prazo reflitam tanto a lógica econômica real do mercado quanto o histórico de desempenho da empresa em relação à concorrência.Uma vez que todos concordam com os pressupostos básicos sobre tendências do mercado, é relativamente fácil elaborar projeções com orientação externa e coerência interna.

    Regra 3 – Use uma estrutura rigorosa, fale uma língua comum: Delineados os planos estratégicos da empresa, é importante que a estrutura permita uma linguagem comum de diálogo para vincular o desempenho nos mercados de produto a seu desempenho financeiro ao longo prazo. É importante que esse diálogo aconteça entre a matriz corporativa e suas filiais e entre as áreas de estratégia, marketing e finanças. Como resultado, os dirigentes conseguem saber com confiança se um desempenho inferior origina-se de uma má execução ou de um plano irrealista e sem base.

    Regra 4 – Discuta logo cedo a aplicação dos recursos: Discutir logo de saída quais são os recursos críticos, suas características e o cronograma de aplicação dos mesmos pode criar projeções mais realistas e planos mais exequíveis. Além disso, a avaliação prévia dos recursos exigidos também contextualiza a discussão sobre tendências e motores do mercado, melhorando a qualidade do plano estratégico e tornando-o mais viável.

    Regra 5 – Identifique as prioridades claramente: Diariamente os gestores necessitam tomar várias decisões. Algumas delas são cruciais para chegar ao desempenho planejado. Deixar essas prioridades explicitas faz com que cada executivo saiba para onde direcionar o esforço.

    Regra 6 – Monitore continuamente o desempenho: Monitorar o desempenho em tempo real é um hábito fundamental que acelera o processo de experimentação e aprendizagem. Empresas de alto desempenho monitoram continuamente os resultados à luz dos planos, usando um contínuo feedback para ajustar as premissas do planejamento e realocar recursos. Essas informações em tempo real permitem que os executivos localizem e remediem as falhas no plano e na execução.

    Regra 7 – Recompense e desenvolva a capacidade de execução: Por último, mas não menos importante, para alcançar o resultado esperado é preciso capacitar e motivar a equipe. Afinal, as melhoras no processo só ocorrem quando a equipe de trabalho é capaz de implementá-las.

    O resultado é o aumento do desempenho das ações da empresa. Eliminar a lacuna entre a estratégia e o desempenho não constitui somente uma fonte de melhoria imediata, mas também um impulsionador da mudança cultural com um impacto duradouro na capacidade, estratégias e competitividade da organização.

    E na sua organização, a estratégia e o desempenho estão alinhados ou o vão existe? Você percebe a aplicação das 7 regras? Há espaço para melhorias? Comente!

    Amanda Oliveira Voltolini